sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tecnologia na sala de aula: Necessidade de mudanças metodológicas

O texto abaixo foi produzido pelo professor Genivaldo Couto e cedido para publicação no blog.
O Professor Genivaldo Couto atua no Colégio Estadual Senador Attílio Fontana, localizado no município de Toledo, no Estado do Paraná e participa do Grupo de Estudo referente a temática "O uso das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem".


Atualmente, nós professores necessitamos preparo para interagir com uma geração mais atualizada e mais informada, os modernos meios de comunicação permitem o acesso instantâneo à informação e os alunos têm mais facilidade para buscar conhecimento.
Assim, os procedimentos didáticos, nesta nova realidade, devem privilegiar a construção coletiva dos conhecimentos, o papel do educador está em orientar e mediar as situações de aprendizagem. O professor, pesquisando junto com os educandos, problematiza e desafia-os, pelo uso da tecnologia, à qual os jovens modernos estão mais habituados, surgindo mais facilmente a interatividade. Não se trata, porém, de substituir o livro pelo texto tecnológico, a fala do docente e os recursos tradicionais pelo fascínio das novas tecnologias. O que é, realmente, importante frisar é a interação, a atuação participativa que é necessária em qualquer tipo de aula com ou sem tecnologia.
Diversos são os tipos de aplicativos que o professor pode escolher, dependendo dos objetivos da disciplina, conteúdo, características dos educandos e proposta pedagógica da escola.
Planejar uma aula com recursos de multi-meios exige preparo do ambiente tecnológico, dos materiais que serão utilizados, dos conhecimentos prévios dos alunos para manusear estes recursos, do domínio da tecnologia por parte do professor, além de seleção e adequação dos recursos à clientela e aos objetivos propostos pela disciplina.
A tecnologia na sala de aula não se refere exclusivamente ao computador. A TV, o vídeo, o celular, entre outros, também devem ser bem analisados e planejados para se constituírem num recurso de enriquecimento e interatividade.
As tecnologias de comunicação estão provocando profundas mudanças em nossas vidas, mas os professores não precisam ter “medo” de serem substituídos pela tecnologia, como também não precisam concorrer com os aparelhos tecnológicos ou com a mídia. O educador precisa se apropriar desta aparelhagem tecnológica para se lançar a novos desafios e reflexões sobre sua prática docente e o processo de construção do conhecimento por parte do aluno.
Com o adequado emprego da tecnologia, o educador exercerá um trabalho mais intelectual, mais criativo, mais colaborativo e participativo e estará preparado para interagir e dialogar junto com seus alunos com outras realidades fora do mundo da escola.
A mudança de paradigma requer um exercício muito intenso por parte da escola para repensar a dimensão da ‘distribuição do espaço e do tempo’ necessários às transformações e por parte do professor, refletindo sobre sua prática. A transição do modelo tradicional conteudista para o novo modelo interativo professor-aluno-máquina-tecnologia-conteúdo, não é fácil, apresenta muitas resistências, pois impõe a quebra de paradigmas e de toda uma formação acadêmica e vivência profissional. Além disso, requer um preparo do aluno para interagir com o recurso computacional.
A adoção de novas tecnologias no ensino não tem um objetivo em si mesmo, mas é um recurso no processo de ensinar e aprender para alcançar os fins educacionais almejados.
As mudanças por que passa a sociedade exigem um sistema educacional renovado. O mercado de trabalho precisa de pessoas mais qualificadas, com mais conhecimento (e não só informação), mas também muito mais criativas, que pensem, tenham iniciativa, autonomia, domínio de novas tecnologias e competência para resolver as questões que se apresentam no cotidiano da vida.
Nessa perspectiva, espera-se do educador a competência para ser o mediador de todo processo de construção do conhecimento, com recursos tecnológicos, favorecendo a interação e a autonomia num clima de cooperação e colaboração.
Analisando o impacto que a mídia tem e a forma como a pessoa processa a informação, concluiríamos pela necessidade de reconceitualizar o ensino e nossas metodologias, pois nenhum recurso/técnica/ferramenta, por si só, é motivador; depende de como a proposta é feita e se está adequada ao conteúdo, aos alunos, aos objetivos, enfim, ao projeto pedagógico da instituição.
Dessa forma, torna-se necessário que as escolas passem a trabalhar visando a formação de cidadãos capazes de lidar, de modo crítico e criativo, com a tecnologia no seu dia-a-dia, onde  deve utilizar como meio facilitador do processo de ensino-aprendizagem a própria tecnologia com base nos princípios da Tecnologia Educacional.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FARIA, E. T. O Professor e as Novas Tecnologias. Disponível em: http://clickeaprenda.uol.com.br/sg/uploads/UserFiles/File/O_professor_e_as_novas_tecnologias.pdf acesso em 23/09/2014.